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Showing posts from 2014

Feliz Sentimento Não-Tão-Novo

Todo final do ano faço a mesma coisa: Abro as gavetas, vasculho os armários, vejo no quarto tudo o que tenho e perdeu a utilidade. Calças que ficaram largas, objetos que acabaram danificados e alguns utensílios não-tão-úteis assim. Pode parecer arrogância, mas quando termino a faxina em casa, parto pro coração. Hora de avaliar o que merece ser deixado, o que precisa ficar e o que não faz mais sentido manter. Algumas pessoas surgiram como aprendizado, outras por trazerem bons momentos e algumas não fazem mais o menor sentido - e às vezes descubro que nunca fizeram. Então, por que deixar ocupando espaço?!? Talvez você não tenha percebido, mas somente coração de mãe não tem tamanho. O meu é bem limitado e aprendi com o tempo que não adianta tentar deixar todo mundo dentro dele. Fica apertado, acaba bagunçando tudo e você não consegue perceber quem fica lá no canto... Pode parecer estranho, mas um dia nomeei a Razão para lidar com a organização do coração. Desde então, todo fina

Gratidão!

Então, sem perceber, chega o tempo em que a gente vai além do aprender, descobrimos o aceitar. A gente aceita que não pode mudar o mundo, que nossos desejos e vontades, por mais legítimos que sejam, possuem limites e não merecem a aprovação unânime. A gente aceita que o tempo não vai esperar enquanto a gente para pra reclamar ou perde tempo na confusão dos caminhos da vida. A gente aceita que o amor que desejamos não é o que vamos ter: Esses amores são platônicos e só existem nos filmes. A gente aceita que poucas coisas estão debaixo do nosso controle e que perder o controle é também uma forma sensata de se achar. Quando a gente aceita e entende tudo isso, passamos a enxergar a vida de outra forma. Percebemos que ninguém passa por nós sem motivo. Que aquilo que terminou, de alguma forma, cumpriu sua missão. Que nossa vida tem um propósito... O tempo também nos traz discernimento para perceber que aceitar não significa abrir mão de nossas vontades, sonhos

Saudades

A gente sente falta de tanta coisa... Sentimos falta da nossa infância, da primeira volta de bicicleta sem rodinha, de como precisávamos de tão pouco e éramos tão felizes.  Das vésperas do aniversário, do natal, do início das férias. A imensidão do universo contida nas infinitas 24 horas de um dia. Da primeira namorada, do primeiro beijo, do primeiro adeus. A sensação indescritível da dor provocada pela paixão que mudou de bairro... Daquela nota 10, da outra nota 0. O professor que implicava com a gente e aquela tia que insistia em nos aninhar em seu colo. Daquele apelido que ninguém pode descobrir agora, daquele gesto heroico que insistimos em repetir a cada encontro da família e como gostaríamos de ser mais velhos logo - e hoje, como ser mais jovens... A gente sente falta até do que nunca teve: Daquela habilidade em tocar violão, piano, guitarra... De dançar como uma bailarina com as sapatilhas que nunca tivemos... Cantar como aquele cantor romântico ou da